quinta-feira, 18 de junho de 2009

mudanças

Perto de minha casa existe uma árvore no meio da calçada, cuja as raízes são tão grandes que acabaram tomando grande parte dela. Todos os dias ao voltar da escola e alguns voltando das aulas de inglês eu passo por ela e pulo sobre suas raízes. É uma coisa que simplesmente tornou-se costume, uma rotina como comer ou ir ao banheiro, eu não preciso pensar que devo pular, eu simplesmente pulo. Hoje ao voltando do colégio percebi que, no lugar das minhas raízes, haviam em torno de cinco ou seis homens com serras e máquinas. Só após alguns segundos fui reparar que estavam cortando-as e, quando finalmente percebi, levei um choque ruim e inesperado. Senti meus olhos enchendo-se de lágrimas e uma súbita vontade de impedí-los. Uma tolice? Talvez. Afinal, eram somente raízes que atrapalhavam a passagem das pessoas, que impediam uma circulação mais fácil, que faziam com que pedestres tivessem que desviar um mínimo trecho da calçada e caminhar pela rua ou, simplesmente, pular, como eu costumava fazer. As grandes raízes já haviam tornado-se passado, assim como meus pulos, como mais uma pequena parte da minha infância. Foi uma sensação ruim simplesmente por eu ter percebido que uma mínima e despercebível parte de minha rotina havia acabado de repente e que muitas outras podem acabar numa fração de segundos, quando eu menos esperar.

Um comentário:

  1. luísa emo. HAHAHAHAHA
    ta eu sei, tbm choraria... mais msm assim sua emo x:

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