sábado, 20 de junho de 2009

a menina indecisa e

Existia uma menina indecisa. A menina indecisa sempre havia sido muito certinha, responsável e feliz. Então, certo dia, ela sentiu uma incrível necessidade de errar. Era estranho e confuso, mas acontece que, para ela, não havia mais sentido em continuar sendo do jeito que costumava ser. O errado era misterioso, desconhecido e traiçoeiro. O errado a atraía. A menina sabia que não seria saudável e bom optar pelo erro, mas ela necessitava-o de alguma forma. Uma estranha luta entre o certo a fazer e a necessidade que a perseguia surgiu em sua mente e ela sentia como se possuísse duas vozes dentro de si. Uma que dizia - vá, tente algo novo, mude, erre, siga suas vontades, esqueça a razão. E uma segunda que contestava - se escutar a outra voz sabe que sofrerá as consequências, continue fazendo o certo e em troca terá o bem. Querer e poder. Só duas palavras que lutavam para chegar em um acordo razoável, um acordo que faria bem a menina no presente e no futuro, que a deixaria feliz e que deixaria as pessoas que estivessem a sua volta felizes. Mas a pobre menina tão indecisa não sabia que nem sempre podia satisfazer todos os lados e que, às vezes, mesmo querendo muito, alguns prazeres deviam ser deixados de lado por motivos maiores. A menina passava a maior parte das horas do seu dia pensando no que fazer. Pensava tanto que se esqueceu de todas as suas responsabilidades e deixou de ser certinha. Pensava tanto que por vezes até se deprimia por não chegar a respostas e deixou de ser feliz. Um dia qualquer chegou a pensar que seria melhor se simplesmente parasse de pensar, mas isso era muito difícil de se fazer sozinha. A menina se distraia com coisas e pessoas que a deixavam alegre, e por vezes, isso a fazia parar de pensar. Então ela agradecia a essas coisas e pessoas. A menina indecisa às vezes pensava em desistir, abandonar tudo e todos, mas isso não mudaria nada, isso só pioraria sua situação, já que seu conflito era com si mesma não com os outros ao seu redor. Às vezes a menina queria deixar de ser fraca e parar de chorar, queria parar de pensar no maldito erro e só ser feliz assim como as outras pessoas. Ela sabia que as pessoas que a deixavam alegre, assim como as que não deixavam, também possuiam seus conflitos interiores e lutavam contra eles. Mas , mesmo assim, ela julgava-se incompreendida. Afinal, porque alguém que tem tudo para se dar bem nessa vida, faria algo errado somente pelo puro prazer de correr riscos? Quando estava sozinha, a menina começou a praticar algumas coisas que a faziam sentir-se melhor. Descobriu que se passasse a escrever sobre seus conflitos, uma parte de seus problemas voavam de sua cabeça e ficavam grudadinhos no papel. A menina indecisa ficou realizada ao descobrir que tinha forças para lutar contra seus próprias necessidades. E, no final, tomou a grande decisão de que mesmo sendo indecisa, mesmo sentindo-se incompreendida e mesmo possuindo terríveis conflitos, tinha a mesma capacidade que todos de ser feliz.

Um comentário:

  1. louca e bipolar ! UASHUAUHSHUS zueira. mais sei que vc aprendeu coisinhas erradas com a gigi aqui *O* brinks. mais você é bipolar bjs

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