terça-feira, 21 de julho de 2009

segredo

Sem avisar, ele queima
Sem avisar, ele vai embora
É uma eterna busca por respostas,
entre a tentativa frustrante de acabar
e a vontade incessante de ter mais.
A questão não é - por que eu?
Mas sim - por que agora?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

medos

Eu tenho medo de me arrepender, de fazer as escolhas erradas, de não saber me impor diante de situações difíceis. Eu tenho medo de sofrer sem motivo, medo de mudar, medo de crescer. Eu tenho medo do futuro, do mistério, do desconhecido. Tenho medo de não agradar as pessoas, de falar coisas erradas, de fazer alguém chorar. E, principalmente, eu tenho medo das palavras.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

vocêvocêvocê.

Estou caminhando por lugares errados e não hesitando em mudar o rumo. Nunca imaginei que me mudaria para alguém e não estou mudando, mas certas ações suas acabaram mudando certos pensamentos meus. Tudo está caminhando depressa demais, o tempo passa voando, horas se tornam segundos. Minha mente está se focando em coisas que deveriam ser deixadas de lado e, em resposta a seu comportamento, o meu próprio me espanta. Sei que digo certas coisas que não deveria dizer e me deixo levar por certos caminhos que não deveria deixar, mas não quero mudar tudo isso, não quero que passe. Talvez, involuntariamente, eu esteja caminhando para a beira de um precipício, mas a estrada é bonita demais para me fazer parar. (Just looking for some answers, in a world answers are none of them at all - NeverShoutNever)

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Papai

Meu pai é a pessoa que mais amo nessa vida, talvez empatado com meu irmão, e eu sempre soube disso, mas hoje decidi que posso escrever com todas as palavras, sem dúvidas ou incertezas. Não tem essa de: "Quem você ama mais, sua mãe ou seu pai?" Amo ambos igualmente como filha, mas com relação ao meu pai há um amor a mais, um amor de eterna admiração.
Desde bem pequena, foi meu pai que sempre me encorajou a seguir em frente e enfrentar meus medos, me ensinou umas vinte vezes como se formava um arco-íris (porque sempre fui muito esquecida), me levou ao cinema pela primeira vez e teve a paciência de assitir ao mesmo filme mais duas vezes pelos meus pedidos, me ensinou a enfrentar a dor (e continua me ensinando até hoje). E hoje me apóia a sempre seguir todos os meus sonhos (por mais impossívei que eles sejam), me ajuda a ver o que é certo e o que é errado, me deixa livre para aprender pelos meus próprios erros, tem a paciência de me ensinar a mesma matéria milhares de vezes até eu aprender tudo, é a pessoa mais compreensiva, entende meus sofrimentos sem encher minha cabeça de perguntas, sempre sabe quando eu quero conversar ou só preciso de um abraço como consolo, entende quando a tristeza vem até mim sem nenhum motivo aparente e tenta me animar. Meu pai sempre me mimou quando podia, mas sempre soube dizer não, sempre teve firmeza sendo a pessoa mais doce do mundo, é atualizado em todos os assuntos e sempre sabe me responder tudo. Desde bem pequenininha, pensava, sorrindo, que quando crescesse seria igual ao meu pai. Um homem que, como todos, possui seus defeitos, mas não deixa de ser um herói para mim. Sim, eu sei que é clichê, mas o papai é meu grande herói e será para sempre no meu coração.

domingo, 5 de julho de 2009

pequenino tsuru.

Hoje insisto em dizer a mim mesma que nada acabou ainda. Esse sofrimento bobo mas talvez invitável que eu sinto agora não é sinal de que o fim está por perto. Amanhã será outro dia e tudo vai se resolver, aí vou enxergar como estava sendo tolinha e que nada mudou.

semtítulo.

De repente o tempo mudou, de repente tudo que fazia sentido perdeu o sentido. De repente tudo o que eu podia sentir era o frio. E à tudo o que parecia normal havia uma dúvida escondida. Tudo se resumia em porquês. Eu não compreendia mais nada que pudesse fazer parte da minha rotina, mas não queria fugir dela. Eu queria, simplesmente, compreender, ou só compreender porque queria tanto compreender. Era como se os ponteiros dos relógios começassem a girar no sentido anti-horário, como se o inverno se tornasse a estação mais quente do ano. Tudo estava desabando, voltando a se recompor e desabando de novo. Tudo transformava-se radicalmente. E o tempo? Não havia mais tempo. Ele estava descontrolado. Os momentos passavam rápido e devagar demais. Era uma bola de gude girando e girando, que parava de girar sem que algo a parasse e voltava a girar sem que alguém fizesse força para que continuasse. Era complexo e frio. Exteriormente nada tinha mudado, o frio estava dentro de mim e me perturbava. Não havia motivos para ele ter entrado e se instalado aqui, assim como não havia motivos para a bolinha voltar a girar. De repente tudo era tarde demais, mas tudo era cedo demais. Era angustiante, terrivelmente angustiante. Uma mistura de querer mais que tudo descobrir as respostas, mas ao mesmo tempo permanecer na ingenuidade. Uma mistura de querer romper as barreiras, mudar tudo radicalmente e permanecer em silêncio. Uma luta inexistente entre coisas completamente antagônicas. Mas o mais angustiante era não saber transformar tudo em palavras. Não havia palavras naquele frio.