terça-feira, 27 de julho de 2010

Entre o mar e tortas de limão

Já era de manhã. Cedo demais, tarde demais.. o que importava? As coisas iam e voltavam, iam e voltavam - ondas. O ritmo constante-inconstante seriam talvez as tempestades de areia que bagunçavam nossos cabelos. Mais tarde era a praia. Escutei-a dizendo: pense numa torta de limão. E assim se fez. Todos aqueles sentimentos contidos traduziam-se apenas numa simples torta de limão. Meu eu consciente estava sendo controlado pelo meu inconsciente e tudo se resumia em... Já chega. A verdade é que eu estava mais preocupada em sentir como o barulho do mar e os grãos de areia que roçavam meus pés embalavam todos os meus sentimentos confusos do que em realmente tentar entender suas palavras. O que se fazia era a tempestade de areia - ritmo inconstante. O que se fazia era mais uma vez eu - ser incompreendido buscando compreender. O que se fazia era a dúvida, a angústia, a busca incontrolável de algo que nunca iria chegar. Eu não entendia, mas aceitava. Acabou; agora espere. As coisas aos poucos vão se resolver, para depois tudo recomeçar de novo e de novo e de novo. Era assim que deveria ser mesmo, a gente envelhecia, mas ainda construía castelos de areia.

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