segunda-feira, 15 de março de 2010

A Falta

A falta que me faz estar no nulo. Não querer, não gostar, não aceitar. Aqueles dias em que o que prevalecia dentro de mim era a ángustia. Sair sozinha na noite escura sob o luar, quando meu companheiro mais próximo era o medo. Aquelas noites frias em que nada mais fazia sentido. Nem o azul era mais azul. Por que haveria de ser? Quando a borboleta branca representava a dor, não a paz. A falta que me faz correr riscos, chorar. Há quanto tempo não choro? Não sei. Parece doentio ter saudades da dor? Seria masoquismo abraçá-la mais uma vez? Talvez não faça sentido para você, mas dentro de mim, o macio pertence tanto à dor quanto as lágrimas nervosas pertencem à angústia. Os opostos parecem sempre andar paralelamente. Juntos, tão juntos, que são impedidos de se tocar. A falta que me faz toda aquela repulsa, todo aquele ódio e toda aquela tristeza. A falta que me faz desejar unicamente estar só, pois agora vivo bem ao lado dos outros. É insano, tão insano que tranforma-se em hilário. Assim como a falta de sentido me trazia mais conforto do que a aceitação. Um conforto incômodo.

3 comentários:

  1. Sentir saudades da dor? Tem certeza Lu?
    Querer a dor já é estar em dor
    Taalvez eu não devesse comentar, mas no momento eu sei que a dor não é a melhor coisas do mundo, não mesmo.
    Pra quer querer a dor? Ela vai vir quando você menos espera. Aproveite a felicidade, sério.

    ResponderExcluir
  2. Não é um querer consciente, foi só um sentimento intenso e momentâneo. Eu estou aproveitando minha felicidade rs.

    ResponderExcluir
  3. Bom mesmo.
    iuahsiuhas =X
    Ah, sua boba, eu te adoro *-*

    ResponderExcluir