sábado, 28 de novembro de 2009

Títulos às vezes são desnecessários

Descobri que o ódio é uma pontada estranha no peito que me faz querer vomitar. O ódio é igual o amor sendo exatamente o seu oposto. Meu ódio é sentir vontade que uma pessoa morra por eu amá-la demais. É a raiva que tenho de mim mesma, porém expressada em outro. Numa manhã qualquer onde nada poderia estar errado ele volta a aparecer. Deve ser um presente seu para mim, porém sem embrulho ou enfeite algum. Me faz querer gritar. GRITAR. Ao invés disso me isolo. É sempre melhor se isolar do que descontar nos outros. Eu quero matar você. Você pode entender isso? Descobri que o ódio é uma consequência da esperança. Ou a esperança em si já é algo odioso. Eu odeio sentir esperança, pois sei que se o que eu espero não acontecer isso vai, de uma forma ou de outra, me machucar. Digo que odeio você, odeio como você pensa saber tudo, inclusive sobre sentimentos que não são seus, sempre sendo uma pessoa madura demais, evitando as consequências, os erros. Mas a verdade é que não odeio nada disso, meu ódio está relacionado com o modo que você me afeta, com a minha necessidade estranha e louca de estar com você. Meu ódio é simplesmente a insatisfação. É a triste falta de reciprocidade. É saber que o que eu quero não vai acontecer. Porém, quando percebo o quanto você é importante e o que está acabando não é somente uma falsa esperança, um falso gostar, mas algo muito maior, só tenho vontade de chorar e dizer- me desculpe por favor. Eu não escolhi criar esse sentimento, ele se criou sozinho dentro de mim e parece que não quer parar de crescer. É triste demais admitir, mas ele é mais profundo do que se possa imaginar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário